sábado, 19 de novembro de 2011

Publicação em livros do Projeto Conviver

Prezados e Prezadas,

As inscrições estão abertas para  recebimento de textos literários e artigos científicos, com a finalidade de após aprovados pelo Comitê Avaliador, serem publicados nos livos do Projeto Conviver.  O Projeto Conviver está agora na  3ª Edição. Desde 2008, vem publicando as crônicas, contos, poesias, histórias de vida e artigos dos  estudantes que estão cadastrados na Pró Reitoria de Ações Afirmativas e Assistência Estudantil  e que se inscrevem. A previsão que os livros sejam publicados no primeiro semestre de 2012 e receberão selo da Editora da UFBA.

Portanto, até o dia 10 de janeiro de 2012,  as inscrições poderão ser feitas e para maiores esclarecimentos, sugerimos a leitura dos editais.


Edital

Edital 2

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Mostra de Teatro Curto Circuito UFBA

Mostra de Cinema na SALADEARTE - Sábado

Ordem das Apresentações SEMPEDI

>>>Ordem das Apresentações

Inscrição para Ouvinte no Seminário de Pesquisa e Extensão Discente

Amanhã, SEXTA-FEIRA, 28 de outubro, a partir das 14 horas, na Faculdade de Direito estará ocorrendo o Seminário de Pesquisa e Extensão Discente (SEMPEDI) do Curto Circuito de Artes, Ciências e Humanidades serão aproximadamente 60 trabalhos, dos mais diferentes campos do conhecimento que serão apresentados por acadêmicos da Ufba e de outras instituições.

Os interessados em acompanhar as apresentações poderão fazer as inscrições no local do evento e receberão certificado para integralização curricular.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Colóquio UNIVERSIDADE E MERCADO DE TRABALHO

Quarta-feira- 26/10 Manhã/Tarde

Colóquio

Temas:
- Cotas no Serviço Público
- Modelo de Assistência Estudantil
- Educação Profissional
- Moradia Estudantil
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Mesas:
Prof. Dr. Naomar de Almeida Filho, Ex-Reitor da Universidade Federal da Bahia
Profª. Drª. Graça Druck, UFBA
Profª. Msc. Sara Côrtes, UNEB
Deputado Estadual Joseildo Ramos, Criador do projeto de Lei que preve cotas no Serviço Público
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*Todos os participantes receberão certificados

 FAÇA SUA INSCRIÇÃO

VEJA A PROGRAMAÇÃO COMPLETA:

Catálogo Programação Completa


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quarta-feira, 19 de outubro de 2011

CHÁ DA DIVERSIDADE

Diante das representações binárias, dicotômicas e da hierarquização de gênero e de sexualidades existentes na sociedade em geral se faz necessário a constituição de espaços de discussão e de reflexão sobre os diferentes olhares sobre a temática. Portanto, o Chá da diversidade que tem como tema: Gênero e Sexualidade e os novos desafios do cotidiano, reunirá pesquisadores, militantes do movimento social e estudantes de diversas linhas do conhecimento para trocar informações e compartilhar experiências no que tange as chamadas minorias sexuais que hoje, embora mais visíveis do que antes, lidam com embates socioculturais de grupos que reafirmam valores, discursos e práticas tradicionais, heteronormativas e excludentes. Esse tema merece uma especial atenção da academia e da sociedade civil organizada ao pensar que o grande desafio atual consiste em assumir que as posições de gênero e sexuais se multiplicaram e escaparam do esquema binário, hierárquico e normativo.


Mediador: Nilio Carvalho

Convidados:

Luiz Mott - Professor titular aposentado da Universidade Federal da Bahia e fundador do Grupo Gay da Bahia (GGB).

Vida Bruno - Doutoranda em Ciências Políticas pelo Programa Eiffel, da França e ativista do grupo Dialogo e Diversidade LGBT/Bahia.

Léa Santana - Mestranda do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher, NEIM/UFBA.

Ricardo Santana – Mestrando em História pela Universidade Estadual de Feira de Santana e ativista da Associação Beco das Cores.

SERVIÇO:
O quê: Chá da Diversidade
Local: Salão Nobre da Residência Universitária1 - Corredor da Vitória
Data: 26 de outubro (quarta-feira)
horário: 18h30

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

DIVULGUE E PARTICIPE

No período de 25 a 29 de outubro de 2011, a Universidade Federal da Bahia será palco do Curto Circuito de Artes, Ciências e Humanidades, evento acadêmico – cientifico e cultural voltado para a comunidade UFBA, bem como para comunidade externa. 

O evento conta com uma extensa e diversificada programação, inteiramente gratuita, que reúne as mais diversas atividades como Colóquio, Seminário de Pesquisa e Extensão (SEMPEDI), Mostra de Vídeos, oficinas, atividades lúdiico-culturais, todas as noites, tais como sarau, recital, intervenções cênicas,  e apresentações musicais. Por fim, haverá a Inauguração do Memorial das Residências.

Serão disponibilizados certificados para os participantes que tiverem, no mínimo, 75% de presença.

O evento é uma iniciativa das Residências Universitárias, através da parceria com a Pró-Reitoria de Ações Afirmativas e Assistência Estudantil e apoio de outros órgãos da universidade.

sábado, 17 de setembro de 2011

MANIFESTO UM SENTIMENTO DE LUTA & PRAZER


RU UM CORREDOR DA VITÓRIA!

            Muito bacana a iniciativa dessa galera residente, em resgatar e transformar um recente passado muito brilhante na nossa formação política, ideológica, social e consequentemente cultural, quando transformamos um espaço de moradia e restaurante estudantil coletivo e publico, num espaço de luta pela sobrevivência com dignidade, sem admitir relações autoritárias, e pseudo moralizadora e/ou dádiva da caridade estatal.
            No Corredor da Vitória e no bairro do Canela, os estudantes e as estudantes, considerados (as) “carentes” financeiramente, entenderam que a gente não queria somente, comida, a gente queria liberdade e consciência critica.
Com essa determinação criamos a União Livre de Residentes e Comensais – ULRC, entidade considerada pelo reacionarismo de direita e esquerda stalinista, de bagunceiros e pejorativamente de anarquista, anarquista na essência política e filosófica sim, até que aceitávamos com muito orgulho.
            Sonhávamos com as revoluções políticas, embora, já com desconfiança de que havia algumas incoerências nas praticas de algumas lideranças políticas que prometiam a igualdade através da ditadura do “proletariado”.
Alias, a história política do Leste Europeu, com os regimes e governos ditos socialistas liderados por modelos de gestão com sistemas de controles dos centralismos burrocraticos, anunciavam a falência desse utópico sonho de sociedade socialista com liberdade, ou a perspectiva da revolução permanente.
“A ULRC passou a ser uma ameaça para os grupos e organizações estudantis tradicionais, aparelhadas pelas antigas e legitimas organizações “?comunistas?”, a exemplo dos diretórios estudantis – DCE – UNE, e etc., onde a bulas doutrinarias dessas organizações não admitiam formas de organizações com estruturas e gestão descentralizada e/ou colegiada, desatrelada do centralismo doutrinário clássico e dogmático, reproduzido da forma de organização autoritária. Reich e outros jovens revolucionários foram penalizados quando questionaram as teses das internacionais ¿comunistas?.
            No espaço do Restaurante Universitário e Residência nº 01, implementamos um verdadeiro Centro Cultural onde aconteceram varias atividades problematizadoras sobre as diferentes ideologias com temas sobre a relação do comportamento desbundante com a conquista democrática, rompendo com o falso moralismo burguês.
            Algumas vezes fizemos refeições envolvidos diretamente com performance de teatro como aconteceu com o teatro oficina liderado pelo vanguardista Zé Celso Martins e sua antropofágica animação corporal, além de Tom Zé, Elba Ramalho, Geraldo Azevedo, Zelito Miranda, Diana Pequeno, até mesmo Gilberto Gil comendo o nosso caruru, e Caetano Veloso que passeou de escuna na praia do batizado balneário XANGRI-LÁ, rendendo solidariedade contra os ataques que a imprensa carlista fazia no jornaleco Correio, anunciando que nossa praia “privada” era um espaço de orgia, repertorio que criava a justificativa para fechar o restaurante e a residência, dessa maneira, desativava um espaço que incomodava o regime ditatorial, ao mesmo tempo, atendendo à especulação imobiliária com a estratégia de investimentos dos gigantes edifícios para abastados ricos contemplarem o belo visual da Baia de Todos os Santos e Orixás.
            É triste observar esses espaços abandonados com o propósito de desativá-los, abrigando a estudantada em outro ambiente novo, moderno, próximo ao campus, mais pratico de moldar confortavelmente essa juventude ao espírito e convertimento da sociedade consumista e eminentemente conservadora, iluminando o liberalismo daqueles que acumulam e concentra mais capital e poder.
            A instituição universitária vai arrecadar mais grana nos leilões do jogo imobiliário, entregando esse nobre espaço para edificar mais um espigão ou torre de moradia, verticalizando a ignorância e prepotência da nossa elite.
Será que não temos chance de manter aquele espaço como um Centro Cultural com memorial das lutas pelas liberdades democráticas?
Precisamos contar a historia de vida de muitos anônimos universitários que abrigados nesse aposento conseguiram na condição de filhos e filhas de gentes humildes operários(as), camponeses(as), órfãos e filhos e filhas de pessoas que tinham suas subsistências nos trabalhos penosos e informais, se formarem, e muitas pessoas até ocuparem destacadas posições de lideranças políticas, empresariais, e outras funções relevantes na sociedade tão dessemelhante e desigual.
            Será que nossos dirigentes universitários, parlamentares, etc, que talvez, alguns desses tenham freqüentado e participado das lutas estudantis articuladas no restaurante e residência do Corredor da Vitória, não se sensibilizem para ainda propor transformar aquele espaço em algo especial para guardar e difundir parte da nossa verde historia?
Esse espaço, nós transformamos em trincheira para abrigar as primeiras discussões das organizações clandestinas com foco na construção do partido dos trabalhadores, quando algumas outras contestavam o surgimento da liderança operaria de Lula, com desconfiança que era aquele nordestino retirante e metalúrgico um enviado infiltrado agente da CIA, para trair a luta do trabalhador, alguns de nós que entendíamos ao contrário, garantimos que era importante à criação de um partido dos trabalhadores com perspectiva de politização em massa, para romper e enfrentar a luta política que se anunciava com a saída da chamada democracia negociada, lenta, mentirosa e gradual, que a correlação de força impunha.
            Todo esse aprendizado, nesse histórico e marcante espaço do Corredor da Vitória, anunciava alguns desapontos com traições, incoerências, que vivenciamos na politicagem atual, argumentada e justificada como necessidade da governabilidade e/ou governança.
            Quem não viveu intensamente essa politização juvenil e adulta no movimento estudantil, pode estar vivendo decepções e depressões, mas, quem aprofundou essas questões, deve ter muito orgulho de ter participado desse momento histórico, contabilizando satisfações em ter visto muitos(as) colegas ainda engajados na luta pela transformação da sociedade injusta por uma sociedade socializadora de oportunidades iguais para a grande maioria descriminada e espoliada pela corrupção e ganância capitalista.
            Tenho orgulho em ter acompanhado o crescimento intelectual e criativo do contemporâneo Joel Almeida, que chegando timidamente do município de Cruz das Almas, juntou-se à baixinha e grande Paraibana jornalista Berna para garantir a exibição de filmes no Cineclube RU, alimentado pelas discussões e debates com as analises e colaborações sobre a linguagem cinematográfica, mediada pelo compositor, poeta, escritor, roteirista e critico de cinema também paraibano Bráulio Tavares, eu mesma e outros colegas e amigos cinéfilos.
            Tenho orgulho das convivências sadias com muitos amigos, amigas, namoradas, e também, ter travado muitos embates teóricos de alto nível, com diferentes colegas com divergentes idéias, mas, de maneira respeitosa e acalorada, nos remetia a estudar mais, e muito mais a nossa realidade.
            Sem teoria revolucionaria, não há revolução, mas, a teoria revolucionária é formulada com praticas transformadoras e audaciosas.
            Foram muitos acontecimentos maravilhosos, cômicos, extemporâneos muitos divertidos e algumas vezes tensos, a exemplo da brutal e humilhante expulsão a que nos fomos submetidos pela voraz ditadura, quando, durante a madrugada de uma quinta feira “santa”, um contingente militar fortemente armado invadiu a residência nº01, para por fim a um ciclo de convivência política idealista, que se esgotava nesse espaço, afinal de contas tínhamos mesmo outras tarefas.
            Fincamos os movimentos: Alternativa, Manifesto Alerta, Solidariedade, Luz, e outras audácias, que desnorteava a companheirada mais sisuda.
            O sonho não acabou quem não dormiu nessa pousada, nunca sonhou.
            Continuo sonhando sem pesadelo, porque acredito em quem sempre manteve a coerência, o resto a historia julgará.
            Joel tem muitos fatos para vários roteiros, essa historia é farta para muitos filmes.
Lutemos para transformar as antigas residências estudantis universitárias em Centro de Estudo e Ação Cultural, promotora de extensão universitária, interagindo socialmente com a comunidade.
            Penso que ainda temos tempo para lutar por algo politicamente nobre.
Confirmo minha presença logo mais, na trincheira que cumpriu papel libertário para muitos jovens.
            Grande Abraço!
         
                                            Lu Cachoeira, ex-residente na década de 70, cineasta.